Pesquisa inédita feita pelo Secovi passará a avaliar a cada três meses sensação de medo entre os fortalezenses
Para 67,2% dos fortalezenses, a insegurança na Capital cearense é sentida num nível alto. A conclusão é de uma pesquisa inédita feita pelo Sindicato do Mercado Imobiliário do Ceará (Secovi-CE), que entrevistou 1,373 milhão de pessoas no período de um ano. Segundo o presidente da entidade, Sérgio Porto, o Índice de Medo da População de Fortaleza passará a ser feito a cada três meses.
"Nosso objetivo é saber como o fortalezense, de forma geral, sente a violência e de que maneira ela acha que pode afetá-lo. Sabemos que a percepção é um sentimento. Quem tem insegurança não necessariamente passou por alguma experiência violenta, mas denota a confiança ou não no aparato de segurança pública", explica.
Na classificação dos níveis de risco, o maior deles foi registrado na situação de um assalto a mão armada, em que 49,6% dos entrevistados o classificaram como muito grande. Um dado destacado por Sérgio Porto foi a proximidade dos índices de risco de ser assaltado na condução (ônibus, carro, moto, bicicleta etc.) e o risco de ser morto no momento de um assalto.
"A pesquisa mostra que 49,1% dos fortalezenses têm um medo grande de ser assaltado na condução, enquanto 47,4% temem de forma intensa serem mortos num assalto. A situação chegou num ponto em que muita gente torce para que o assaltante seja ´profissional´, aborde com calma e não esteja sob o efeito de droga, quando o risco de um disparo acidental é maior", opina.
Ainda segundo a pesquisa, andar na rua sozinho e sair de casa nos fins de semana são os principais temores dos pesquisados, com índices de insegurança de 70,9% e 71%, respectivamente. A situação menos temida é a de ter a casa arrombada, com 40,4% classificando-a como risco grande.
"O que nós temos aqui é um círculo vicioso. O aumento da violência aumenta a sensação de insegurança. E quando a pessoa procura fazer uma denúncia e não consegue, ou simplesmente não registra o fato na delegacia, a falta de ações estimula a sensação de impunidade, aumentando a violência e assim sucessivamente", avalia Paulo Kuhn, consultor econômico do Instituto de Pesquisas e Estatísticas do Secovi (Inpes),que executou a pesquisa.
Convênio
Para tentar formar uma rede de informação e comunicar situações criminosas em tempo real, o Secovi e a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) estão se reunindo para implantar o projeto De Olho na Rua. O projeto consiste em promover um treinamento para porteiros de condomínios para comunicar-se entre si.
KAROLINE VIANAREPÓRTER
Para 67,2% dos fortalezenses, a insegurança na Capital cearense é sentida num nível alto. A conclusão é de uma pesquisa inédita feita pelo Sindicato do Mercado Imobiliário do Ceará (Secovi-CE), que entrevistou 1,373 milhão de pessoas no período de um ano. Segundo o presidente da entidade, Sérgio Porto, o Índice de Medo da População de Fortaleza passará a ser feito a cada três meses.
"Nosso objetivo é saber como o fortalezense, de forma geral, sente a violência e de que maneira ela acha que pode afetá-lo. Sabemos que a percepção é um sentimento. Quem tem insegurança não necessariamente passou por alguma experiência violenta, mas denota a confiança ou não no aparato de segurança pública", explica.
Na classificação dos níveis de risco, o maior deles foi registrado na situação de um assalto a mão armada, em que 49,6% dos entrevistados o classificaram como muito grande. Um dado destacado por Sérgio Porto foi a proximidade dos índices de risco de ser assaltado na condução (ônibus, carro, moto, bicicleta etc.) e o risco de ser morto no momento de um assalto.
"A pesquisa mostra que 49,1% dos fortalezenses têm um medo grande de ser assaltado na condução, enquanto 47,4% temem de forma intensa serem mortos num assalto. A situação chegou num ponto em que muita gente torce para que o assaltante seja ´profissional´, aborde com calma e não esteja sob o efeito de droga, quando o risco de um disparo acidental é maior", opina.
Ainda segundo a pesquisa, andar na rua sozinho e sair de casa nos fins de semana são os principais temores dos pesquisados, com índices de insegurança de 70,9% e 71%, respectivamente. A situação menos temida é a de ter a casa arrombada, com 40,4% classificando-a como risco grande.
"O que nós temos aqui é um círculo vicioso. O aumento da violência aumenta a sensação de insegurança. E quando a pessoa procura fazer uma denúncia e não consegue, ou simplesmente não registra o fato na delegacia, a falta de ações estimula a sensação de impunidade, aumentando a violência e assim sucessivamente", avalia Paulo Kuhn, consultor econômico do Instituto de Pesquisas e Estatísticas do Secovi (Inpes),que executou a pesquisa.
Convênio
Para tentar formar uma rede de informação e comunicar situações criminosas em tempo real, o Secovi e a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) estão se reunindo para implantar o projeto De Olho na Rua. O projeto consiste em promover um treinamento para porteiros de condomínios para comunicar-se entre si.
KAROLINE VIANAREPÓRTER
Diário do Nordeste
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