sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Inflação do aluguel volta a desacelerar em outubro


Em um ano, IGP-M subiu 6,95%, e contratos de moradia terão menor aumento do ano

Os preços voltaram a dar trégua no país em outubro e subiram 0,53%, segundo o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado). O resultado é menor do que o visto em setembro (0,65%) e traz uma boa notícia para quem mora de aluguel: os contratos que vencem neste mês e serão renovados terão o menor reajuste do ano, de 6,95%.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28) pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Os aluguéis vencidos em setembro tiveram aumentos de 7,46%. Em agosto, esse número estava em 8%.

Em uma conta simples, vale dizer que quem pagava R$ 1.000 de aluguel em setembro do ano passado, neste ano veria a conta passar para pouco mais de R$ 1.074. No caso dos que reajustaram o aluguel no mês seguinte, em outubro, os R$ 1.000 virariam R$ 1.069,50 agora.

O IGP-M é um índice de inflação que considera os aumentos de preços dos bens e serviços no país e é usado no cálculo de reajuste de tarifas de serviços públicos como energia elétrica e TV por assinatura e de contratos de aluguéis. Só na cidade de São Paulo, praticamente 9 em cada 10 contratos usam o indicador como base para os reajustes.

O período de coleta de preços para cálculo do IGP-M de agosto foi do dia 21 de setembro a 20 de outubro.

A inflação aumentou em quase todos os meses no país, exceto em junho (quando houve queda de 0,18% nos preços) e em julho (-0,12%). A atual desaceleração aponta para possíveis novas quedas.

Todos os componentes do IGP-M desaceleraram neste mês, com grande peso dos alimentos. A comida ficou 0,09% mais barata, após subir 0,95% no mês anterior. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) subiu 0,26% neste mês, frente a 0,59% no anterior.

O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) avançou 0,68%, ante 0,74% no mês passado. Essa fatia do indicador de inflação considera os custos das matérias-primas, tanto no campo quanto na indústria. Para os dois setores, os preços ficaram mais baratos.

Somente a construção encareceu: o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) teve alta de 0,20%, comparado a 0,14% antes.

http://noticias.r7.com

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