Após pedido do Ministério Público de anulação do exame, juiz solicitou explicações a Ministério da Educação até segunda-feira
A Justiça Federal no Ceará deu prazo de 72 horas ao
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para que se
manifeste sobre o pedido do Ministério Público Federal de anulação total ou
parcial das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aplicadas no último
fim de semana.
O MPF-CE propôs uma ação civil pública pedindo que o Enem
fosse cancelado ou que as questões que vazaram na fase de pré-teste do exame
por meio de apostila distribuído pelo Colégio Christus, de Fortaleza, fossem
anuladas. O juiz federal Luiz Praxedes Viera da Silva só se manifestará após o
prazo estipulado, que termina na manhã de segunda-feira.
O MEC e o Inep informaram que já estão preparando a defesa e
entregarão as informações no prazo determinado pela Justiça.
O pedido de anulação foi feito após a notícia de que
estudantes do colégio cearense receberam uma apostila, semanas antes da prova
do Enem, com 14 questões idênticas às do exame nacional. Os itens fizeram parte
de um pré-teste do Enem, do qual alunos do Christus participaram em outubro de 2010. De acordo
com o procurador, como os alunos tiveram acesso antecipado às questões, o exame
deveria ser anulado porque houve violação do princípio da isonomia.
O MEC anulou as provas de 639 alunos do ensino médio do Christus,
mas a reportagem do iG mostra que pelo menos outros 320 faziam cursinho no
local. Todos tiveram acesso a apostila.
O pré-teste é feito pelo Inep para avaliar se as questões em
análise são válidas e qual é o grau de dificuldade de cada uma. Os cadernos de
questões do pré-teste deveriam ter sido devolvidos após a aplicação e
incinerados pelo Inep. A Polícia Federal investiga se houve fraude na aplicação
do pré-teste. O Ministério da Educação decidiu cancelar as provas do Enem dos
alunos do Christus. Eles terão uma nova chance de fazer o exame no fim de
novembro.
* com Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário