terça-feira, 25 de outubro de 2011

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Dep. Lula Morais (PCdoB)
25.10.2011
Lula diz que PM não tinha provas contra Orlando Silva e critica matéria da Veja

O deputado Lula Morais (PCdoB) destacou, na manhã desta terça-feira (25/10), durante a sessão plenária, que o policial militar João Dias Ferreira declarou não ter provas contra o ministro do Esporte, Orlando Silva. O PM prestou depoimento ontem à Polícia Federal. O deputado também criticou a revista Veja, publicada há mais de 10 dias, na qual o PM afirmou que o ministro recebia propina na garagem do ministério.

“A reportagem teve grande repercussão na polícia nacional. A revista publicou declarações de um bandido, de um assassino indiciado. Cedeu espaço para uma mentira. Portanto, ela é mentirosa e não merece credibilidade alguma”, comentou. Para Lula, o objetivo da revista não é apenas mentir, mas atingir “o governo que vem fazendo as coisas para o povo”.

Lula disse, ainda, que o jornal O Estado de São Paulo publicou uma matéria ontem “dizendo que os recursos do Ministério do Esporte foram direcionados para os interesses do PCdoB”. Segundo ele, a matéria “focou no Estado do Ceará, mais especificamente as cidades de Sobral e Fortaleza”.

O parlamentar destacou que, conforme o jornal, o Ceará teria firmado “o maior convênio do programa Segundo Tempo do Brasil, que é coordenado pela Secretaria do Esporte do governo Cid”.

Conforme o comunista, o programa existe em todas as prefeituras brasileiras. “De todos os convênios existentes em prefeituras, 38 são com o PT; 32 com o PMDB; 15 com o PSDB; 15 com o DEM, e 15 com o PCdoB”, ponderou.

Lula salientou que o Ministério do Esporte tem como objetivo retirar todos os convênios com ONGs até o próximo ano. E que as denúncias visam acabar com a honra do PCdoB. “Mas isso ninguém tira”, disse, lembrando que o partido tem 90 anos de história “em defesa do Brasil, dos trabalhadores, da soberania e do socialismo”.

Em aparte, o deputado Heitor Férrer (PDT) lembrou que seu partido realizou uma convenção no último sábado (22/10), com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Luppi. “Ele fez uma defesa contundente a favor do ministro Orlando Silva”, comentou.

Ele disse que “torcia muito para o que Luppi defendeu ser verdade, pois quando se envolve um político em escândalos, toda a classe política acaba pagando”. Heitor disse que a revista Veja não poderia ter denunciado o ministro sem apresentar provas.

O líder do Governo na AL, deputado Antonio Carlos (PT), afirmou que, pela Veja, “Lula não teria se transformado em presidente do Brasil”. De acordo com ele, a revista é um instrumento da direita brasileira, “que não está suportando um projeto que vem reconstruindo o Brasil”.

O deputado Augustinho Moreira (PV) pontuou que, no meio jurídico, “condenar um inocente é pior do que deixar um culpado impune”. Para ele, o policial militar que fez as denúncias “tinha como objetivo conturbar o governo de Dilma Rousseff”. 

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