sábado, 7 de janeiro de 2012

Crise externa vai reduzir preços


São Paulo. A inflação vai desacelerar em 2012, preveem analistas, mas ainda assim permanecerá elevada. As apostas dos economistas são de que a inflação chegará ao fim entre 4,8% e 5,5%.

O recuo não é resultado de uma boa notícia. Ao contrário, os preços deverão desacelerar como efeito da crise internacional, que deixará alimentos e produtos industrializados mais baratos. No Brasil, economistas estimam que as passagens de ônibus municipais também subirão menos do que em 2011, já que haverá eleições e os prefeitos não costumam produzir notícias negativas nesse período.

Outro fator que contribui para uma inflação mais baixa é a mudança do cálculo a partir desse mês. A atualização do índice de preços pelo IBGE retira do cálculo a importância de itens que estão subindo muito, como educação, e aumentam o espaço de itens em baixa, como eletrônicos. A expectativa é de uma inflação mais comportada no primeiro semestre, quando a economia ainda estará mais lenta.

Também contribuirá o corte de impostos sobre itens da linha branca (geladeira e máquina de lavar roupa), que barateiam esses produtos. Mas no segundo semestre espera-se uma retomada da atividade -a reboque da redução da taxa de juros já em curso- e, com ela, reajustes de preços mais fortes.

Mínimo terá reflexo

Analistas afirmam que o reajuste de cerca de 14% do salário mínimo pode ajudar a acelerar a inflação. O efeito seria principalmente nos preços dos serviços. Cálculos feitos pelo Bradesco sugerem que os serviços devem recuar de uma alta de 9% (em 2011) para 8% neste ano. Para o economista Mauro Schneider, o real impacto do mínimo na inflação é duvidoso. O aumento ocorre em momento de expansão mais baixo, o que dificulta o prognóstico.

Apostas
4,8% ou 5,5% é a previsão de inflação ao fim de 2012 segundo os economistas


Fonte: Diário do Nordeste

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