Dois homens chegaram de moto, sendo um deles vestido como mototaxista, e deram tiros para o alto e em pneus de carros, para assustar as testemunhas, antes de começar a execução.
Manaus - O coordenador da campanha do candidato a prefeito Arthur Virgílio na zona leste de Manaus, Ademir Queiroz Feitoza, de 44 anos, morto no último sábado (22), já recebia ameaças de morte, segundo Marcos Antonio Correia, coordenador do Centro Esportivo do Jorge Teixeira, que estava sentado ao lado da vítima no momento da execução. Ademir, que também era funcionário público municipal e líder comunitário, foi executado com cinco tiros, que atingiram a cabeça, tórax e braço.
No momento da execução, Ademir assistia um jogo de futebol entre times da comunidade em um campo localizado na Rua 2, no Jorge Teixeira, mesma rua em que morava. Dois homens chegaram de moto, sendo um deles vestido como mototaxista, e deram tiros para o alto e em pneus de dois carros, para assustar as testemunhas e evitar perseguição. "Ele (Ademir) dizia ter muitos inimigos, dizia que era uma pedra no sapato de muita gente por defender a comunidade", afirmou Marcos Antonio.
Ainda segundo a testemunha, ao descer da moto, o autor dos disparos afirmou que estava no local para “buscar Ademir”. “Ele desceu e simplesmente disse que estava ali para levar o Ademir. Quando vimos começou a atirar pelas costas”.
Também líder comunitário, Cosmo Ribeiro, 45, lembrou de uma ameaça real sofrida por Ademir e pela família. Em julho, uma dupla invadiu a casa onde ele morava e amarrou ele a família, sem roubar nada da residência, deixando apenas a ameaça no ar. “Nesse dia nós falamos pra ele que ele corria perigo”, disse Cosmo.
Colega de trabalho da vítima, Cléo Polania, 41 anos, contou que Ademir havia acabado de participar de uma reunião no comitê de Arthur localizado na zona leste. “Ele saiu de lá dizendo que vinha pra casa ver o jogo dos colegas”. Ela ressaltou que a comunidade perdeu um líder e defensor dos direitos a população.
Em nota, a Polícia Civil (PC) informou que, embora o crime tenha características de execução, não há, até o momento, confirmação de que haja motivação política. O crime está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
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