Renata Giraldi e Carolina Gonçalves*
Da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma
Rousseff chegou hoje (23) a Nova York, onde discursa, na terça-feira (25) na
67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Ela deve reiterar que
apenas esforços conjuntos na busca por soluções para conter os efeitos da crise
econômica internacional evitarão danos às metas de inclusão social e redução da
pobreza no mundo. Ela também pretende destacar os avanços obtidos na
Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em
junho.
Dilma desembarcou acompanhada da
filha, Paula Araújo, e dos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores),
Marco Aurélio Garcia (Secretaria Especial de Assuntos Internacionais), Aloizio
Mercadante (Educação), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e
Comércio), Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e Helena Chagas (Secretaria de
Comunicação Social). Dilma fica até o dia 26 em Nova York.
No ano passado, a presidenta foi
a primeira mulher a discursar na Assembleia Geral da ONU. Inicialmente, na
edição deste ano, está confirmada apenas uma reunião dela com o
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Não há encontros organizados com o
presidente norte-americano, Barack Obama, e a chanceler da Alemanha, Angela
Merkel. Porém, uma possibilidade é que ela se encontre com o presidente da
Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
Em relação à política externa, a
presidenta deverá reiterar a necessidade de respeitar a soberania interna e a
ordem democrática. Referências que dizem respeito diretamente à Síria e ao
Paraguai.
Sobre a Síria, Dilma deverá
defender o fim da violência, a busca da paz por meio do diálogo, o respeito aos
direitos humanos e a não intervenção militar.
Dilma deverá, mais uma vez,
apoiar o direito de a Palestina ser um Estado autônomo. Ela deve mencionar
também a necessidade de buscar um acordo de paz entre palestinos e israelenses.
No ano passado, a presidenta ressaltou o apoio à oposição na Líbia. Na época, o
então presidente Muammar Kadhafi (morto em outubro de 2011) resistia em deixar
o poder.
No âmbito regional, a presidenta
deve ressaltar que atualmente na América Latina a integração está diretamente
relacionada ao respeito à democracia. É uma referência à necessidade de
preservar a ordem democrática, algo que os líderes latino-americanos suspeitam
que não ocorreu no Paraguai durante a destituição do então presidente Fernando
Lugo, em 22 de junho.
A 67ª Assembleia Geral das Nações
Unidas terá como temas principais a prevenção e a resolução pacífica de
conflitos internacionais. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota,
acompanha Dilma e tem uma agenda paralela. O principal tema da agenda dele é o
esforço para a ampliação do Conselho de Segurança da ONU.
O conselho é formado por 15
países – cinco com assentos permanentes e dez com rotativos. O Brasil defende a
ampliação para, pelo menos, 25 lugares no total. O assunto deve ser reunião de
Patriota com representantes do G4 (Alemanha, Brasil, Índia e Japão) e do Brics
(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
*Com informações da BBC Brasil
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