quarta-feira, 9 de maio de 2012

A TERRA ESTÁ ARDENDO NO SERTÃO - SECA GRAVE

Estas imagens ainda é comum em muitos lugares pelo interior do Estado nordestino



Família disse que nas horas de aperto acaba bebendo água lamacenta represada da enchente de dezembro de 2011 no povoado de Pedrinhas, em Muquém de São Francisco (BA) (Foto: Glauco Araújo/G1)
Família disse que nas horas de aperto acaba bebendo água lamacenta represada da enchente de dezembro de 2011 no povoado de Pedrinhas, em Muquém de São Francisco (BA) (Foto: Glauco Araújo/G1)



    É triste mais ainda é uma realidade muito presente em nosso Brasil. São famílias que sobrevivem com o mínimo necessário. É fato que o Brasil é realmente o país dos contrates, da mentira, da hipocrisia...
   Todos os dias ouvimos nos noticiários de TV e Rádio,  que o Brasil está entre os países que mais cresce. Não vamos ser tão pessimistas quanto a isso. O Brasil, de fato está passando por mudanças, tanto social, quanto políticas e culturais. Mas, também e verdade que é ainda é um país desigual, extremamente desigual. As camadas mais pobres ainda são visíveis por toda parte, de Norte a Sul.          A cara da pobreza ainda está estampada pelos rincões do Brasil. Não adiante querer mascarar esta realidade porque elas estão presentes de maneira muito acentuada.
  Temos milhões de pessoas que estão fora da escola, milhões de pessoas que ainda amargam a pobreza extrema, milhares de pessoas que não tem onde morar. Estes são alguns exemplos que nos encaminham para outros tantos. O pior é vermos a demagogia sendo expressa de forma escancarada como se tudo o que nós víssemos fosse uma ilusão de ótica. Que na realidade o Brasil está muito bem, obrigado. Não é bem assim.
  Aqui em meu município querido, Pentecoste, estamos vivendo esta questão da falta d água.    Conversando com uma colega de trabalho, ela me informou de como está a situação da necessidade de água potável e até para consumo de animais em nossos distritos espalhados por todo este extenso município. Dizia-me que a coisa é tão séria que as pessoas ficam pelas estradas esperando o carro pipa passar para receber um pouco de água. E contamos com apenas com alguns carros pipas para atender a todo o município. Há uma proposta do Governo Federal de enviar verbas para começar a resolver esses problemas, mas a burocracia é tão grande que enquanto não resolve a situação se agrava mais ainda.
Por outro lado, sabemos que muitos esperam este exato momento para se aproveitar do sofrimento do povo e usufruir dos recursos destinados a amenizar o sofrimento dos mesmos, cometendo os desvios. Era assim que acontecia antes e se os governos não tiverem cuidado, continuará. Sabendo disso, o governo está tentando montar uma estratégia de fiscalização e por isso demora mais ainda.
   O pobre é quem sempre paga o preço. Quando ele tem boa colheita, seu produto agrícola não tem quase nenhum valor. Um litro de feijão chaga a custar um pouco mais de 1 real, mas, quando ele não tem, como é o caso agora, o litro de feijão custa 7 reais. Isso é vergonhoso e cruel para o homem do campo que tem como base alimentar o feijão.
   Quando penso em situações como estas, fico constrangido como cidadão. Constrangido pelo fato de saber que o Brasil é um dos países que mais tem recursos naturais não consegue resolver problemas dessa ordem. Temos que ver imagens tão sofridas como estas acima.
   Penso que está hora de fazermos valer nossos direitos a cidadania plena e levantar a voz com brado de indignação e denunciar essas injustiças que se comete contra nosso povo, nossa raça, nossa gente... Isto é uma humilhação que nós como brasileiro passamos. Não podemos aceitar esses discursos de mentira que se prega na TV, e nos meios de comunicação. Como se nós fôssemos realmente a escória da humanidade.

   Meu Deus de todas as raças e de todos os povos olha para estes que anseiam por dias melhores, mas sentem-se sem esperança, pois são pisoteados por todos os lados.


Professor Valdeni Cruz   
   

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