Estas imagens ainda é comum em muitos lugares pelo interior do Estado nordestino
Família disse
que nas horas de aperto acaba bebendo água lamacenta represada da enchente de
dezembro de 2011 no povoado de Pedrinhas, em Muquém de São Francisco (BA)
(Foto: Glauco Araújo/G1)
É
triste mais ainda é uma realidade muito presente em nosso Brasil. São famílias
que sobrevivem com o mínimo necessário. É fato que o Brasil é realmente o país
dos contrates, da mentira, da hipocrisia...
Todos
os dias ouvimos nos noticiários de TV e Rádio, que o Brasil está entre os países que mais
cresce. Não vamos ser tão pessimistas quanto a isso. O Brasil, de fato está
passando por mudanças, tanto social, quanto políticas e culturais. Mas, também
e verdade que é ainda é um país desigual, extremamente desigual. As camadas mais
pobres ainda são visíveis por toda parte, de Norte a Sul. A cara da pobreza
ainda está estampada pelos rincões do Brasil. Não adiante querer mascarar esta
realidade porque elas estão presentes de maneira muito acentuada.
Temos
milhões de pessoas que estão fora da escola, milhões de pessoas que ainda
amargam a pobreza extrema, milhares de pessoas que não tem onde morar. Estes
são alguns exemplos que nos encaminham para outros tantos. O pior é vermos a
demagogia sendo expressa de forma escancarada como se tudo o que nós víssemos
fosse uma ilusão de ótica. Que na realidade o Brasil está muito bem, obrigado.
Não é bem assim.
Aqui
em meu município querido, Pentecoste, estamos vivendo esta questão da falta d
água. Conversando com uma colega de trabalho, ela me informou de como está a
situação da necessidade de água potável e até para consumo de animais em nossos
distritos espalhados por todo este extenso município. Dizia-me que a coisa é
tão séria que as pessoas ficam pelas estradas esperando o carro pipa passar
para receber um pouco de água. E contamos com apenas com alguns carros pipas
para atender a todo o município. Há uma proposta do Governo Federal de enviar
verbas para começar a resolver esses problemas, mas a burocracia é tão grande
que enquanto não resolve a situação se agrava mais ainda.
Por
outro lado, sabemos que muitos esperam este exato momento para se aproveitar do
sofrimento do povo e usufruir dos recursos destinados a amenizar o sofrimento
dos mesmos, cometendo os desvios. Era assim que acontecia antes e se os
governos não tiverem cuidado, continuará. Sabendo disso, o governo está
tentando montar uma estratégia de fiscalização e por isso demora mais ainda.
O
pobre é quem sempre paga o preço. Quando ele tem boa colheita, seu produto
agrícola não tem quase nenhum valor. Um litro de feijão chaga a custar um pouco
mais de 1 real, mas, quando ele não tem, como é o caso agora, o litro de feijão
custa 7 reais. Isso é vergonhoso e cruel para o homem do campo que tem como
base alimentar o feijão.
Quando
penso em situações como estas, fico constrangido como cidadão. Constrangido
pelo fato de saber que o Brasil é um dos países que mais tem recursos naturais
não consegue resolver problemas dessa ordem. Temos que ver imagens tão sofridas
como estas acima.
Penso
que está hora de fazermos valer nossos direitos a cidadania plena e levantar a
voz com brado de indignação e denunciar essas injustiças que se comete contra
nosso povo, nossa raça, nossa gente... Isto é uma humilhação que nós como
brasileiro passamos. Não podemos aceitar esses discursos de mentira que se
prega na TV, e nos meios de comunicação. Como se nós fôssemos realmente a
escória da humanidade.
Meu
Deus de todas as raças e de todos os povos olha para estes que anseiam por dias
melhores, mas sentem-se sem esperança, pois são pisoteados por todos os lados.
Professor Valdeni Cruz
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