R.17 REINO DE DEUS
§1720 A bem-aventurança
cristã O Novo Testamento usa várias expressões para caracterizar a
bem-aventurança à qual Deus chama o homem: a vinda do (Reino de Deus; a visão
de Deus: "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus"
(Mt 5,8); entrada na alegria do Senhor; entrada no repouso de Deus:
Aí descansaremos e
veremos, veremos e amaremos, amaremos e louvaremos. Eis a essência do fim sem
fim. E que outro fim mais nosso que chegarmos ao reino que não terá fim?
§2819 "O Reino de
Deus é justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Rm 14,17). Os últimos
tempos, que estamos vivendo, são os tempos da efusão do Espírito Santo.
Trava-se, por conseguinte, um combate decisivo entre "a carne" e o
Espírito:
Só um coração puro pode
dizer com segurança: "Venha a nós o vosso Reino". E preciso ter
aprendido com Paulo para dizer: "Portanto, que o pecado não impere mais em
vosso corpo mortal" (Rm 6,12). Quem se conserva puro em suas ações, em seus
pensamentos e em suas palavras pode dizer a Deus: "Venha o vosso
Reino"
R.17.1 "Chaves do Reino"
§551 Desde o início de
sua vida pública, Jesus escolhe homens em número de doze para estar com Ele e
para participar de sua missão; dá-lhes participação em sua autoridade "e enviou-os
a proclamar o Reino de Deus e a curar" (Lc 9,2). Permanecem eles para
sempre associados ao Reino de Cristo, pois Jesus dirige a Igreja por intermédio
deles:
Disponho para vós o
Reino, como meu Pai o dispôs para mim, a fim de que comais e bebais à minha
mesa em meu Reino, e vos senteis em tronos para julgar as doze tribos de Israel
(Lc 22,29-30).
§552 No colégio dos
Doze, Simão Pedro ocupa o primeiro lugar. Jesus confiou-lhe uma missão única.
Graças a uma revelação vinda do Pai, Pedro havia confessado: "Tu és o
Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16,16). Nosso Senhor lhe declara na
ocasião: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as
Portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela" (Mt 16,18). Cristo,
"Pedra viva"; garante a sua Igreja construída sobre Pedro a vitória
sobre as potências de morte. Pedro, em razão da fé por ele confessada,
permanecerá como a rocha inabalável da Igreja. Terá por missão defender esta fé
de todo desfalecimento e confirmar nela seus irmãos.
§553 Jesus confiou a
Pedro uma autoridade específica: "Eu te darei as chaves do Reino dos Céus:
o que ligares na terra será ligado nos Céus, e o que desligares na terra será
desligado nos Céus" (Mt 16,19). O "poder das chaves" designa a
autoridade para governar a casa de Deus, que é a Igreja. Jesus, "o Bom
Pastor" (Jo 10,11), confirmou este encargo depois de sua Ressurreição:
"Apascenta as minhas ovelhas" (Jo 21,15-17). O poder de "ligar e
desligar" significa a autoridade para absolver os pecados, pronunciar
juízos doutrinais e tomar decisões disciplinares na Igreja. Jesus confiou esta
autoridade à Igreja pelo ministério dos apóstolos e particularmente de Pedro, o
único ao qual confiou explicitamente as chaves do Reino.
R.17.2 "Cumprir-se o Reino de Deus
§541 "Depois que
João foi preso, Jesus veio para a Galiléia proclamando, nestes termos, o
Evangelho de Deus: "Cumpriu-se O tempo e o Reino de Deus está próximo.
Convertei-vos e crede no Evangelho"' (Mc 1,14-15). "Para cumprir a
vontade do Pai, Cristo inaugurou o Reino dos céus na terra." Ora, a
vontade do Pai é "elevar os homens à participação da Vida Divina".
Realiza tal intento reunindo os homens em torno de seu Filho, Jesus Cristo.
Esta reunião é a Igreja, que é na terra "O germe e o começo do Reino de
Deus"
§542 Cristo está no
centro do congraçamento dos homens na "família de Deus". Convoca-os
junto a si por sua palavra, por seus sinais que manifestam o reino de Deus,
pelo envio de seus discípulos. Realizar a vinda de seu Reino sobretudo pelo
grande mistério de sua Páscoa: sua morte na Cruz e sua Ressurreição. "E
eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a mim" (Jo 12,32). A esta
união com Cristo são chamados todos os homens.
§1503 CRISTO - MÉDICO A
compaixão de Cristo para com os doentes e suas numerosas curas de enfermos de
todo tipo são um sinal evidente de que "Deus visitou o seu povo e de que o
Reino de Deus está bem próximo. Jesus não só tem poder de curar, mas também de
perdoar os pecados: ele veio curar o homem inteiro, alma e corpo; é o médico de
que necessitam os doentes. Sua compaixão para com todos aqueles que sofrem é
tão grande que ele se identifica com eles: "Estive doente e me
visitastes" (Mt 25,36). Seu amor de predileção pelos enfermos não cessou,
ao longo dos séculos, de despertar a atenção toda especial dos cristãos para
com todos os que sofrem no corpo e na alma. Esse amor está na origem dos
incansáveis esforços para aliviá-los.
§2612 Em Jesus, "o
Reino de Deus está próximo" (Mc 1,15) e convoca à conversão e à fé, como
também, à vigilância. Na oração, o discípulo vigia atento Aquele que É e que
Vem na memória de sua primeira Vinda na humildade da carne e na esperança de
sua segunda Vinda na Glória. Em comunhão com o Mestre a oração dos discípulos é
um combate, e é vigiando na prece que não se cai em tentação.
Fonte: Catecismo da Igreja Católica
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