Que
a indisciplina está correndo solta na sala de aula, dentro da Escola e no
entorno da Escola, é de consenso geral entre os Professores. Infelizmente, dado o descaso com que a
indisciplina é conduzida e tratada pelas autoridades, imputou-se ao Professor e
às Escolas a responsabilidade de solucioná-la.
O
que talvez, nem o Poder Público e nem as Famílias estejam vendo é que a
indisciplina de HOJE, é a VIOLENCIA não mais de AMANHÃ, mas de HOJE mesmo.
Até
há bem pouco tempo, acreditava-se que a violência só ocorria à noite, e em
pontos e situações isoladas.
HOJE,
está violência está dentro das salas de aula, dentro das Escolas, no meu e no
seu Bairro, na minha e na sua rua. Ela está assustadoramente próxima de nós.
Os
jovens atualmente desafiam e desrespeitam os Pais, quando chegam à sala de aula
fazem o mesmo com os Professores ,e o que começou com comportamentos de desrespeito e indisciplina, desemboca na
Comunidade na forma de violência
explícita contra o cidadão.
Depois
que o problema sai do controle de quem é a responsabilidade de solucioná-lo?
E
antes do mesmo ocorrer, de quem é a responsabilidade de preveni-lo?
Veja
abaixo a matéria que foi publicada no Jornal A Folha de São Paulo de Brasília:
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O
Senado aprovou na quarta-feira (14) projeto que obriga as escolas da educação
básica a oferecerem as disciplinas de Ética e Cidadania Moral e Ética Social e
Política. O projeto altera a Lei de Diretrizes e Bases da educação brasileira
ao tornar as duas disciplinas obrigatórias nas escolas brasileiras.
Instituída
durante a ditadura militar (1964-1985), a disciplina de “Moral e Cívica” deixou
de ser obrigatória no país em 1993. No decreto de sua criação, o governo
militar dizia que a disciplina tinha entre outros objetivos “a preservação dos
valores espirituais e éticos da nacionalidade” e o “fortalecimento da unidade
nacional”.
O
MEC (Ministério da Educação) é contrário ao projeto por considerar que a
inclusão de duas novas disciplinas vai promover um “inchaço” nos currículos
escolares. Em nota técnica enviada a senadores para criticar o projeto, o
ministério diz que o calendário de 200 dias letivos fixado pela Lei de
Diretrizes e Bases da educação não comporta novas disciplinas.
A
proposta havia sido aprovada em caráter terminativo pela Comissão de Educação
do Senado em setembro, mas o líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM), pediu
sua votação em plenário.
Autor
do projeto, o senador Sérgio Souza (PMDB-PR) aproveitou o esvaziamento do
plenário nesta quarta-feira, véspera de feriado, e conseguiu incluir a matéria
na pauta de votações. O senador disse que tinha o apoio dos líderes partidários
para votar a matéria. O projeto segue agora para análise da Câmara dos
Deputados.
Em
defesa da proposta, Souza afirmou que a inclusão das disciplinas tem o objetivo
de fortalecer o sistema educacional brasileiro ao priorizar a “formação moral e
ética das nossas crianças”.
“Queremos
fortalecer a formação de um cidadão brasileiro melhor: pela formação moral,
ensinando conceitos que se fundamentam na obediência a normas, tabus, costumes
ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos; por outro lado, pela
formação ética, ensinando conceitos que se fundamentam no exame dos hábitos de
viver e do modo adequado da conduta em comunidade”, afirmou o senador.
Relator
da proposta e ex-reitor da Universidade de Brasília, o senador Cristovam
Buarque (PDT-DF) defendeu o projeto ao afirmar que os problemas “cruciais” da
sociedade só serão solucionados com políticas educacionais voltadas para a
formação moral e ética das crianças e jovens.
“Dada
a presente desagregação social pela qual passamos, representada pela atual
crise de valores humanos, faz-se necessário que a escola oriente a formação do
caráter dos nossos jovens, fortalecendo a formação dada no núcleo familiar”,
disse.
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Você
acredita que a inclusão desta nova disciplina, por si só, garantirá a formação
moral e ética das crianças e jovens?
Contrariando
a afirmação do Senador Cristovão Buarque, creio que há sim uma desagregação social, porém a atual crise de valores humanos dá-se
pela desagregação da Família e da mídia para com esses valores.
Não
é justo incumbir apenas o Professor de remediar
e fortalecer uma educação moral que já não existe nos Lares e nos meios de comunicação, pois não cabe ao
Professor o papel de executor desta tarefa.
Viver
em Sociedade requer também compartilhamento de responsabilidades e deveres.
Assim
sendo pergunto: Quando será criada a Lei que determina que os Pais e a Mídia
também recebam aulas de Cidadania, Moral e Ética?
E você, o que acha?
http://www.sosprofessor.com.br/blog/a-indisciplina-cidadania-moral-e-a-etica/
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