O papa Bento 16 se reuniu na noite desta terça-feira com o presidente de Cuba, Raúl Castro, no segundo dia de sua visita à ilha.
O encontro, a portas fechadas, foi realizado no Palácio da Revolução, na capital do país, Havana.
A viagem de Bento 16 é a segunda visita papal a Cuba, 14 anos depois de João Paulo 2º ter visitado a ilha, e vem sendo cercada de expectativa.
Segundo o enviado da BBC a Havana, Ian Pannell, muitos cubanos parecem esperar que a passagem do papa pela ilha possa incentivar reformas políticas, para acompanhar as mudanças econômicas pelas quais o país já vem passando nos últimos anos.
Reforma
Na primeira parada do roteiro, em Santiago de Cuba, Bento 16 rezou uma missa ao ar livre e orou "por aqueles privados de liberdade, aqueles separados de seus entes queridos", no que foi considerada uma referência aos prisioneiros políticos e exilados.
"Eu confiei à Mãe de Deus o futuro do seu país, avançando pelos caminhos da renovação e da esperança, para o bem maior de todos os cubanos", disse o papa, que orou diante da Virgem da Caridade do Cobre.
No entanto, após as declarações do papa, e poucas horas antes de seu encontro com Raúl Castro, o vice-presidente Marino Murillo, responsável pela política econômica, descartou qualquer possibilidade de reforma política em Cuba.
"Em Cuba não haverá reforma política", disse Murillo. "Nós estamos discutindo sobre como atualizar o modelo econômico cubano para tornar nosso socialismo sustentável."
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