sexta-feira, 30 de março de 2012

Economia do governo atinge R$ 9,5 bilhões em fevereiro


LUCIANA COBUCCI
Direto de Brasília



Em fevereiro deste ano, o governo cumpriu R$ 9,5 bilhões em superávit primário (a economia feita para o pagamento de juros da dívida pública) segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central (BC). O esforço fiscal feito em fevereiro é o melhor para o mês da série histórica do BC, que começa em 2001.

A meta dos governos federal, estaduais e municipais, além das empresas estatais (com exceção da Petrobras), é economizar, em todo o ano de 2012, o montante de R$ 139,8 bilhões para pagar os juros da dívida. Nos últimos 12 meses, o superávit acumulado atingiu R$ 138,6 bilhões, ou 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro - a soma de todas as riquezas produzidas no País.


Segundo o chefe do departamento econômico do Banco Central, Túlio Maciel, os resultados recordes se devem à alta da arrecadação federal, ocasionada pelo aumento da massa salarial. "Isso reflete a atividade da economia, que vai impactar a receita, com a maior formalização do mercado de trabalho e o aumento da renda das famílias. Mas reflete também o comedimento da evolução das despesas. O desempenho fiscal como um todo é consistente, e a perspectiva é que à medida que a atividade econômica ganhe fôlego, isso tende a se consolidar", disse.


No acumulado do ano, a economia feita pelo governo somou R$ 35,5 bilhões. Em fevereiro, a rolagem da dívida pública gerou R$ 18,3 bilhões em juros, contra R$ 19,7 bilhões em janeiro. Segundo o BC, o gasto com juros foi menor no mês passado porque fevereiro teve menos dias úteis que janeiro. Nos dois primeiros meses deste ano, o governo já pagou R$ 37,9 bilhões em juros e no acumulado dos últimos 12 meses, os juros somaram R$ 236,2 bilhões.

Dívida aumenta

A dívida líquida do governo em relação ao PIB aumentou em fevereiro na comparação com janeiro, atingindo 37,5% - ou R$ 1,563 trilhão. No ano, a relação dívida/PIB aumentou 1,1 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano passado. A expectativa é que essa relação seja de 35,7% até o fim do ano.


Segundo a autoridade monetária, esse indicador aumentou pela maior apropriação de juros no período, pela valorização cambial em 8,9% no ano. Em contrapartida, a realização do superávit primário ajudou a diminuir essa relação em 0,9 ponto percentual.


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