segunda-feira, 25 de julho de 2011

Dilma lança o Brasil Sem Miséria para o Nordeste

Roberto Stuckert (Divulgação Presidência da República)
Dilma Rousseff visita fecularia em Arapiraca acompanhada pelo governador Téo Vilela e o presidente da Pindorama, Klécio Santos
Dilma Rousseff visita fecularia em Arapiraca acompanhada pelo governador Téo Vilela e o presidente da Pindorama, Klécio Santos
A presidenta Dilma Rousseff lançou em Alagoas o programa que pretende erradicar a extrema pobreza do Nordeste do país. Ao lado de ministros e dos governadores da região, ela assinou o pacto descrito no Plano Brasil Sem Miséria na tarde desta segunda-feira depois de visitar a fecularia instalada em Arapiraca, onde a produção de farinha de mandioca da região é beneficiada, produto que chegará ao consumidor final, sem passar por atravessadores, através da logística de distribuição da Cooperativa Pindorama, que ficará responsável por distribuir 12 toneladas de farinha por semana para supermercados alagoanos.
Klécio Santos, presidente da cooperativa que é modelo mais bem sucedido de reforma agrária das regiões Norte e Nordeste, acompanhou Dilma e as demais autoridades conheceu as instalações da fecularia. Depois da visita, a presidente seguiu para a sede da AABB em Arapiraca, local de realização das solenidades. Do lado de fora, servidores das universidades federais de Alagoas e de Pernambuco realizaram protesto. A categoria está em greve e pede abertura de diálogo com o governo federal, mobilização realizada de forma pacífica.
Mais protestos
No interior da sede da AABB, agricultores ligados a movimentos sociais também se manifestaram, pedindo mais agilidade nos processos relacionados à reforma agrária, reivindicação que também é apontada como fundamental para erradicação da pobreza, principalmente na zona rural, onde um em cada morador dos estados nordestinos vive em situação de miséria.
Além das garantias de fornecimento de assistência técnica para os pequenos produtores rurais, investimentos em abastecimento de água potável e cursos de capacitação para inclusão no mercado de trabalho, o Brasil Sem Miséria também pretende ampliar a comercialização de produtos da agricultura familiar e de povos e comunidades tradicionais nos mercados privados e na rede varejista.
Em Arapiraca, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, e a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, assinam acordo que levará às gôndolas do Grupo Pão de Açúcar produtos de quatro cooperativas (Coopercuc - BA; Cooperagrepa - MT; Coopaflora – PR; e Cooperúnica) e uma associação (Pequenos Agrossilvicultores do Projeto Reca de Rondônia).
Três mil famílias beneficiadas
O acordo beneficia mais de 3 mil famílias que produzem palmito de pupunha, doces, compotas e geleias de frutas da Caatinga, ervas aromáticas, condimentares e medicinais, melado de cana-de-açúcar e artesanato. O primeiro pedido, que envolve dez tipos de produtos, vai gerar uma receita de aproximadamente R$ 65 mil para os agricultores familiares destas organizações.
Em Arapiraca também foi anunciada a segunda chamada pública do Plano Brasil Sem Miséria destinada à prestação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) para agricultores e agricultoras familiares em situação de pobreza extrema. A ação vai atender 15.040 famílias em 131 municípios do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O valor da chamada pública, que será publicada nesta terça-feira (26) no Diário Oficial da União, é de R$ 16,5 milhões.
Documentação da trabalhadora rural
A visita da presidenta Dilma Rousseff a Alagoas também marcou o lançamento do calendário de mutirões do Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR) que serão realizados nos nove estados nordestinos. Até dezembro, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) vai promover mais de 300 mutirões itinerantes para a emissão de documentos civis e trabalhistas que são necessários para o acesso a programas como o de Reforma Agrária e de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), além de políticas públicas como o Bolsa Família e benefícios previdenciários (aposentadoria rural e auxílio maternidade).

por Redação com Divulgação

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