domingo, 24 de julho de 2011

QUANDO QUE O MUNDO PODE SER MELHOR?

O mundo se torna melhor quando nos tornamos melhores e fazemos o melhor. Portanto, não esperemos que as coisas melhorem por si só. Devemos fazer a nossa parte mesmo sabendo que existem pessoas que tentam a todo custo nos barrar, querendo que sejamos acomodados, covardes, bajuladores e outros termos parecidos.

Quando uso estes termos estou criticando ao sistema, a política, a situação de inércia de muitos. Quando estes são lesados, mas por estarem numa condição de subserviência, acabem concordando com os desmandos que se comete nos serviços públicos e na administração do dinheiro público. Quando um profissional dá sua vida para que as coisas mudem têm outros tramando, desrespeitando este profissional, não lhe pagando um salário digno para que este possa ter cada vez mais entusiasmo e possa prestar sempre um serviço de qualidade ao país. Mas, como todos sabem, isso não acontece. O professor, por exemplo, que é responsável pelo crescimento do país, não é respeitado. É criado um piso salarial para que diminua as desigualdades. Entretanto, as autoridades se negam a pagar. Estas inventam milhares de pretextos para não pagarem que o realmente  deve ser pago.

Quando a educação vai mal a culpa vem diretamente para o professor. Mas, como é que pode um professor estar feliz, se sabe que o que realmente é dele não vai para o bolso dele? É como eu disse: ele começa bem determinado, desejoso de fazer o melhor, mas quando percebe que tem pessoas que em vez de estar na sala de aula, não vai dar aulas e ainda é contratado temporariamente para ficar numa sala de leitura por 200 horas, sem fazer quase nada e recebendo pelos recursos daqueles que dão a vida numa sala de aula, ai isso é cruel e digno de repúdio. Entendeu o que eu quis dizer? E o que eu estou dizendo há provas. Outras, por causa da barganha política, são contratados temporários, enquanto os próprios efetivos não encontram lugar para trabalhar. Quando perguntamos as autoridades onde está o rateio, o aumento de salário ouvimos o maldito discurso demagogo: não tem dinheiro. Ora, talvez seja verdade que não haja dinheiro, mas, os motivos não justificam. Como já dissemos, o dinheiro vai embora pela má aplicação. Grande número de funcionários contratados, outros recebendo um valor exorbitante, enquanto quem verdadeiramente deveria receber um salário melhor, fica a ver navios e fazendo burburinho nos ouvidos dos outros.

Digo sem medo: enquanto não respeitarem ao professor a educação deste município continuará a passos de tartaruga. A culpa não será nossa. Essa culpa deve ser assumida pelas nossas autoridades que de preocupação com educação é quase zero. Tudo o que ouvimos em relação à educação por parte das autoridades é demagogia. Na realidade estão preocupados com números, porque os números comprometem os recursos que podem entrar ou deixar de entrar no município.

Quando os gestores se reúnem, em vez de elaborar estratégia de como fazer o professor de sentir melhor, tentam é atiçar a esses para que suguem o sangue dos professores com cobranças de resultados. Pois, segundo alguns, professor não trabalha, gostam de passear e tirar atestado médico. Então acham que isso é estímulo para o professor? Digo que isso é uma afronta e digo também: água mole e pedra dura tanto batem até que fura. Temos sido muito pacíficos quanto a essas desculpas em relação aos nossos direitos. Agente sempre pensa, ou se engana pensando que vai mudar. Que não precisamos nos preocupar com nada não. Mas tenho certeza que numa hora dessas o formigueiro ficará assanhado e passará a dar picadas naqueles que dizem: que não se preocupem eles vão se cansar.

É verdade que na história da humanidade todo o progresso social que temos alcançado aconteceram em meio a muitas lutas, traições, rebeliões e muita determinação daqueles que tiveram coragem de ir em frente, enfrentando a tudo e a todos.

É essa convocação que fazemos a todos os servidores de nosso município. Chegou à hora em que a coisa tem que acontecer. Não podemos mais esperar por promessas de quem pouco liga para o trabalhador responsável e não se dá o luxo da bajulação; que não aceita ser humilhado nem que seja pra ficar rico. É a estes que tem honra e sabe que precisa adquirir apenas o que é seu, que convocamos para ir à luta. Não desista daquilo em que você acredita.

Professor Valdeni Cruz   
                                         

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