Populares afirmam viver com medo por conta da presença de assaltantes na Praça do Cristo Redentor
Há dois dias, a torre de Cristo Rei, localizada na Praça do Cristo Redentor, na Praia de Iracema, atrai olhares de pessoas que passam pelo local. O que chama a atenção, no entanto, não é a beleza do monumento que deveria servir como ponto turístico, mas os sinais de vandalismo e uma grande mensagem: "Monumento abandonado".
A frase, de certa forma, faz sentido, pois a torre, com 35 metros de altura, está fechada para visitação. No local, apenas mato, pichação e lixo. Na noite do último sábado, de acordo com Francisco Ribeiro, 19, que vende lanches na praça, vândalos teriam pulado o muro que cerca a torre e subido no alto da construção. De lá, arremessaram tintas azul e vermelha, deixando a estátua mais suja. "Até uma mulher que estava passando aqui perto foi salpicada de tinta", afirma o jovem.
As pichações não são os únicos problemas do local. Cleia Loiola, 45, proprietária de uma banca de revistas no lugar, diz que a insegurança é grande, tendo em vista que assaltos, conforme explica, acontecem todas as semanas. Em um posto de gasolina vizinho à praça, os frentistas confirmam a afirmação dizendo que nem mesmo o posto escapou da ação de assaltantes.
Localizada ao lado do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, do Seminário da Prainha e do Teatro São José, a Praça do Cristo Redentor também recebe turistas, como a paulista Josefa Soares Lima, 42, que visita a Capital pela segunda vez. Em 2002, ela esteve no local e lembra que a estátua já estava abandonada. Nove anos depois, ela afirma: "Está pior. Quem teve coragem de fazer isso?", indaga, olhando para a imagem do Cristo Rei.
Patrimônio
O reitor do Seminário da Prainha, padre Hemetério Santiago, explica que a estátua foi construída por três pedreiros para homenagear os 100 anos de Proclamação da República no Brasil. Ele reclama do descuido com o cartão-postal da cidade. "Só podemos lamentar porque o lugar é patrimônio do Município e a situação da estátua é um reflexo da má administração", afirmou, dizendo que a última manutenção realizada aconteceu há mais de um ano. "É um lugar sem nenhum atrativo e sem segurança", considera.
O artista plástico Tércio Araripe, 40, fala que há anos costumava subir no topo da torre para tirar fotografias e apreciar a visão privilegiada. "É preciso que a Prefeitura faça algo porque o monumento está completamente sem utilidade, mas a visão é linda lá de cima", disse.
Medidas
A secretária em exercício da Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor), Luciana Castello Branco, que disse ter tomado conhecimento da situação do monumento, ontem, por meio da reportagem, garantiu que hoje uma equipe da Sercefor deve visitar a Praça do Cristo Redentor para avaliar a situação da estátua e tomar as medidas necessárias.
Sobre a falta de segurança no local, a secretária afirmou que, dependendo da avaliação da equipe, guardas municipais podem ser chamados para proteger o local dos vândalos. "É preciso cuidar", comenta.
Ao todo, explica Luciana Castello Branco, 11 praças serão reformadas em Fortaleza, dentre elas a do Cristo Redentor. O piso será restaurado, os bancos serão trocados e o local ganhará uma nova iluminação. As praças Capistrano de Abreu (Lagoinha), José de Alencar, dos Leões e do Carmo, que já passa por reforma, estão na lista das que devem ganhar, neste ano, um novo visual e, quem sabe, atrair olhares diferenciados.
RAONE SARAIVAESPECIAL PARA CIDADE
Há dois dias, a torre de Cristo Rei, localizada na Praça do Cristo Redentor, na Praia de Iracema, atrai olhares de pessoas que passam pelo local. O que chama a atenção, no entanto, não é a beleza do monumento que deveria servir como ponto turístico, mas os sinais de vandalismo e uma grande mensagem: "Monumento abandonado".
A frase, de certa forma, faz sentido, pois a torre, com 35 metros de altura, está fechada para visitação. No local, apenas mato, pichação e lixo. Na noite do último sábado, de acordo com Francisco Ribeiro, 19, que vende lanches na praça, vândalos teriam pulado o muro que cerca a torre e subido no alto da construção. De lá, arremessaram tintas azul e vermelha, deixando a estátua mais suja. "Até uma mulher que estava passando aqui perto foi salpicada de tinta", afirma o jovem.
As pichações não são os únicos problemas do local. Cleia Loiola, 45, proprietária de uma banca de revistas no lugar, diz que a insegurança é grande, tendo em vista que assaltos, conforme explica, acontecem todas as semanas. Em um posto de gasolina vizinho à praça, os frentistas confirmam a afirmação dizendo que nem mesmo o posto escapou da ação de assaltantes.
Localizada ao lado do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, do Seminário da Prainha e do Teatro São José, a Praça do Cristo Redentor também recebe turistas, como a paulista Josefa Soares Lima, 42, que visita a Capital pela segunda vez. Em 2002, ela esteve no local e lembra que a estátua já estava abandonada. Nove anos depois, ela afirma: "Está pior. Quem teve coragem de fazer isso?", indaga, olhando para a imagem do Cristo Rei.
Patrimônio
O reitor do Seminário da Prainha, padre Hemetério Santiago, explica que a estátua foi construída por três pedreiros para homenagear os 100 anos de Proclamação da República no Brasil. Ele reclama do descuido com o cartão-postal da cidade. "Só podemos lamentar porque o lugar é patrimônio do Município e a situação da estátua é um reflexo da má administração", afirmou, dizendo que a última manutenção realizada aconteceu há mais de um ano. "É um lugar sem nenhum atrativo e sem segurança", considera.
O artista plástico Tércio Araripe, 40, fala que há anos costumava subir no topo da torre para tirar fotografias e apreciar a visão privilegiada. "É preciso que a Prefeitura faça algo porque o monumento está completamente sem utilidade, mas a visão é linda lá de cima", disse.
Medidas
A secretária em exercício da Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor), Luciana Castello Branco, que disse ter tomado conhecimento da situação do monumento, ontem, por meio da reportagem, garantiu que hoje uma equipe da Sercefor deve visitar a Praça do Cristo Redentor para avaliar a situação da estátua e tomar as medidas necessárias.
Sobre a falta de segurança no local, a secretária afirmou que, dependendo da avaliação da equipe, guardas municipais podem ser chamados para proteger o local dos vândalos. "É preciso cuidar", comenta.
Ao todo, explica Luciana Castello Branco, 11 praças serão reformadas em Fortaleza, dentre elas a do Cristo Redentor. O piso será restaurado, os bancos serão trocados e o local ganhará uma nova iluminação. As praças Capistrano de Abreu (Lagoinha), José de Alencar, dos Leões e do Carmo, que já passa por reforma, estão na lista das que devem ganhar, neste ano, um novo visual e, quem sabe, atrair olhares diferenciados.
RAONE SARAIVAESPECIAL PARA CIDADE
Fonte: Diário do Nordeste
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