Nos últimos cinco anos, o órgão passou por três greves. A última terminou em agosto do ano passado
Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE) anunciaram, ontem, estado de greve e podem paralisar já na próxima semana. Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Área de Trânsito do Estado do Ceará (Sindetran), Eliene Uchôa, a categoria decide se irá suspender os trabalhos em assembleia na próxima segunda-feira. "O estado de greve é, na prática, um alerta para uma possível paralisação dos servidores".
Eliene Uchôa explica que a suspensão só não começou ontem porque o governo do Estado agendou reunião com a categoria amanhã, às 11h, no Palácio da Abolição. Dependendo do resultado, os trabalhadores decidem se deflagram a paralisação. "Ninguém tem compromisso com greve. Optamos pela negociação, no compromisso de continuar prestando o serviço", diz Eliene Uchôa.
O superintendente do Detran-CE, João Pupo, conta que tem boas expectativas para a reunião. "Paralisação não é bom para ninguém. Estamos aguardando a reunião de quinta-feira, para que o impasse seja resolvido".
João Pupo admite que os servidores do Detran tem o direito de reivindicar melhorias, mas declara ser contra a paralisação total da categoria. "Uma paralisação de 100% dos serviços seria absolutamente ilegal. É claro que a categoria tem o direito de buscar soluções, mas ela deve também respeitar a legislação", atesta.
Reivindicações
Desde 2006, servidores buscam a reestruturação do Plano de Cargos e Carreiras e Salários (PCCS), além da convocação de servidores concursados. "Nós possuímos apenas cerca de 600 servidores, enquanto Estados como Pernambuco, possuem quase quatro mil funcionários", declara Nahum Gomes, diretor do Sindetran.
Os servidores almejam salário equivalente à média dos funcionários dos departamentos de trânsito do Nordeste, R$1.148 para nível médio.
Nos últimos cinco anos, os servidores do Detran-CE passaram por três greves. A última paralisação terminou em agosto de 2011. Durante a greve, serviços de transferência de veículos, vistorias, renovação de habilitação de motorista e exames de direção ficaram comprometidos.
Diário do Nordeste
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