quarta-feira, 20 de junho de 2012

Abertura da Rio + 20 Custo da inação será maior do que agir, diz Dilma na Rio+20




RIO DE JANEIRO, 20 Jun (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, em seu discurso de abertura da Rio+20, que o custo de não se fazer nada será maior do que o de adotar as medidas necessárias para se obter o desenvolvimento sustentável.
"A tarefa que nos impõe a Rio+20 é desencadear um movimento de renovação de ideias e de processos absolutamente necessários para enfrentar os dias difíceis em que hoje vive ampla parte da humanidade. Sabemos que o custo da inação será maior que o das medidas necessárias", disse Dilma.
Ao discursar para o plenário da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a presidente também abordou o tema da crise internacional, que tem ameaçado as discussões da Rio+20.
Ela reconheceu que a crise econômica "dá significação especial à Rio+20" e pediu que os chefes de Estado não permitam que agendas locais numa situação de fragilidade econômica comprometam as discussões da conferência.
"É certo que os países em desenvolvimento passaram a responder por parcela cada mais significativa do desenvolvimento mundial, mas estamos conscientes e temos certeza que a recuperação para ser estável, tem que ser global", defendeu.
"Em um momento como este, de incertezas em relação ao futuro da economia internacional, é forte a tentação de tornar absolutos os interesses nacionais. A disposição política para acordos vinculantes fica muito fragilizada. Não podemos deixar isto acontecer."
Dilma voltou a criticar a adoção de medidas de austeridade como via de saída para as turbulências econômicas e criticou o que chamou de "modelos de desenvolvimento que esgotaram sua capacidade de responder aos desafios contemporâneos".
"Nossa experiência... mostra que políticas indutoras do crescimento e do emprego constituem a única via segura para a recuperação da economia", disse.
A presidente aproveitou sua fala para defender o texto aprovado pelas delegações presentes à conferência antes da chegada dos chefes de Estado e governo ao Rio de Janeiro.
Apesar de críticas de organizações não-governamentais que viram retrocessos no documento, Dilma disse que o texto "consagra avanços importantes" e cobrou ambição de seus colegas.
"Nossa conferência deve gerar compromissos firmes para o desenvolvimento sustentável, temos de ser ambiciosos", disse. "Não basta manter as conquistas do passado, temos de construir sobre esse legado."
(Reportagem de Maria Pia Palermo, Hugo Bachega, Rodrigo Viga Gaier e Sabrina Lorenzi)


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