A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (22), durante entrevista coletiva na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que o resultado da conferência é um ponto de partida para que os países avancem. Segundo Dilma, é inconcebível que algum país fique aquém dos pontos acordados no documento final da Rio+20.
“Nós construímos um ponto de partida. Um documento de conferência sobre o meio ambiente e sobre desenvolvimento sustentável, a biodiversidade, a erradicação da pobreza é, necessariamente, um ponto de partida, porque é até onde as nações chegaram no seu conjunto. Agora, o que nós temos de exigir é que, a partir desse documento, as nações avancem. O que nós não podemos conceber é que alguém fique aquém dessa posição, além dessa posição todos devem ir”, disse.
A presidenta reconheceu a dificuldade em se chegar a um acordo e conciliar posições distintas no documento final da conferência. No entanto, para Dilma, a questão do financiamento do desenvolvimento sustentável pode avançar em futuros encontros e cúpulas que tratem do tema.
“O que eu acho que é importante quando você tem um documento escrito é que ninguém pode negar ou esquecer o que está escrito no documento. A vantagem do que nós chegamos aqui com o documento da Rio+20 é, primeiro, ele foi discutido entre centenas de países. Segundo, é que está escrito os compromissos que terão de ser cumpridos. Agora, muitos países não quiseram assinar a questão do financiamento. Uma das formas de se evoluir daqui para frente é colocar isso na pauta. Porque lá em Copenhagen não foi posto. Os países desenvolvidos não querem que isso seja posto na pauta. E nós queremos que seja posto na pauta, mas agora tem de respeitar quem não quer. Então só pode avançar daqui para frente”.
A presidenta Dilma também comentou as críticas das organizações não-governamentais ao documento final da Rio+20.
Blog do Planalto“Acho que aqui no Brasil nós construímos um espaço para as ONGs participarem e falarem. Nós construímos um espaço para escutá-las, porque os diálogos foram feitos por iniciativa do governo brasileiro. Os diálogos foram abertos a quem quisesse participar e discutir conosco. Agora, eu não posso impor à ONU um padrão”.
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