Os migrantes nordestinos têm as menores taxas de escolaridade da Região Metropolitana de São Paulo e entre os cearenses são os que possuem melhor formação. Os dados são do estudo Perfil dos migrantes em São Paulo, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Ainda assim, o nível de escolarização desse segmento é precário. Os nascidos no Ceará com nível superior são 4,7%, com ensino médio 22,2%. E mais da metade dos cearenses que mora em São Paulo, 53,4%, possui nível fundamental incompleto. Os nascidos em outros estados nordestinos apresentam números piores.
Segundo o Ipea, 3,1% dos baianos que vivem na Região Metropolitana paulistana contam com nível superior e 21,6%, ensino médio. Já os nascidos na Bahia com ensino fundamental incompleto somam 59%. Entre os pernambucanos, são 3,4% com nível superior, 20,9% com ensino médio e 56,4% sem conclusão do nível fundamental.
Na comparação com pernambucanos e baianos, os cearenses que residem na Região Metropolitana da capital paulista também têm renda maior: R$ 967,33 mensais, em média. Entre os baianos, são R$ 937,35. Já os pernambucanos recebem, em média, R$ 903,20. Mas a média salarial dos oriundos das regiões Norte e demais estados nordestinos é maior: R$ 1.100,48.
A Região Metropolitana paulistana conta com, aproximadamente, 45% de sua população adulta originária de outros estados ou países, proporção só superada pelo Distrito Federal, onde 75% dos habitantes não nasceram na capital federal. Os dados também são do Ipea.
APEOC
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