O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou nesta terça-feira que os funcionários dos Correios, que completaram 28 dias em greve, retornem às atividades a partir de quinta-feira.
A Justiça concluiu também que a empresa deverá descontar sete dias do salário dos trabalhadores que entraram em greve e os 21 dias restantes deverão ser compensados com trabalho extra não remunerado, informou a "Agência Brasil".
No último dia 6, o TST emitiu uma decisão na qual obrigava o sindicato da empresa a manter um contingente de 40% dos trabalhadores para garantir o serviço ou, caso contrário, pagar uma multa diária de R$ 50 mil.
Após duas tentativas de acordo entre a empresa e os representantes do sindicato, o primeiro deles aprovado pelas duas partes, mas rejeitado depois pelas assembleias regionais de trabalhadores que deveriam ratificá-lo, o Tribunal considerou que faltou sensibilidade e sentenciou que o primeiro documento deve ser respeitado.
Esse primeiro acordo prevê um aumento de R$ 80 a partir de 1 de outubro e um reajuste do salário e dos benefícios trabalhistas de 6,87%, retroativo desde 1º de agosto.
A greve começou em 14 de setembro, depois do fracasso das negociações nas quais os funcionários reivindicavam um aumento salarial de R$ 400 a partir de janeiro de 2012, outro aumento de 7,16% pela inflação e uma alta de 24,76% para compensar a perda de poder aquisitivo.
A última greve nos correios havia acontecido em 2009 e durou 12 dias, enquanto a maior paralisação do serviço por reivindicações dos trabalhadores ocorreu em 1994 e demorou 32 dias.
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