Concílio Vaticano II continua atual, diz Dom Geraldo
Jéssica Marçal
Enviada especial a Aparecida
CNBB
'Precisamos retomar os próprios textos do Vaticano II e nos apropriarmos dessa riqueza extraordinária que o Concílio representa', diz Dom Geraldo
Meio século de existência e uma aplicabilidade valiosa para cristãos de todos os tempos, inclusive os da atualidade. É assim que a Igreja vê o Concílio Vaticano II, que também está sendo pauta de discussão na 50ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O encontro, que está sendo realizado em Aparecida (SP) desde dia 18 de abril, termina na próxima quinta-feira, 26, e traz como tema central “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”. Nesta segunda-feira, 23, os bispos participam às 18h de uma cerimônia pelo jubileu de 50 anos do Concílio Vaticano II.
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.: Todas as notícias sobre a Assembleia dos Bispos
Mesmo após 50 anos, o arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha, defende que o Concílio continua completamente atual. Um dos motivos é o fato dele abordar questões de fundo da vida da Igreja. “O Concílio, entre seus objetivos, pretendia, digamos assim, dinamizar a própria vida cristã. Passados 50 anos, nós vemos que muitos passos foram dados, porém muitos desafios permanecem”, explicou.
Dom Geraldo informou ainda que, no tema central que está sendo trabalhado pela Assembleia da CNBB, “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”, há uma forte referência ao documento sobre a Divina Revelação, que se chama Dei verbum.
“Esses documentos vão se manifestando nas várias posições que a Igreja vai tomando. Eu diria que o Vaticano II é como um pano de fundo e um grande referencial para toda a posição que a Igreja adota em nossos dias. Basta ler os textos da CNBB que em todos eles você começa a encontrar as citações do Concílio Vaticano II”, ressaltou.
Nova Evangelização
De acordo com o arcebispo de Salvador (BA), Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, o Papa João Paulo II já lembrava a necessidade de se incentivar os cristãos a irem nos lugares onde é mais difícil a fé penetrar e assim levar os valores do Evangelho.
“Não basta nós vivermos esses valores sozinhos. Temos que expressá-los e condenar aquilo que vá contra os valores do Evangelho, porque quando vai contra os valores do Evangelho, vai contra a pessoa humana”, destacou Dom Murilo.
Sobre a relação entre os documentos do Concílio Vaticano II e a proposta que se tem hoje de uma nova evangelização, Dom Geraldo explicou que um dos desafios a serem vencidos hoje é atualizar a Igreja às exigências dos tempos atuais. Isso se torna mais emergencial ainda tendo em vista as grandes transformações que a sociedade vem sofrendo.
Segundo o arcebispo, os documentos vão sendo assimilados aos poucos, conforme se exerce a prática no dia-a-dia da Igreja e da própria vida dos cristãos. Ele também destacou a importância dos fiéis retomarem esses documentos.
“Nós precisamos retomar os próprios textos do Vaticano II para ir beber dessa fonte inesgotável e nos apropriarmos dessa riqueza extraordinária que o Concílio representa. Passaram-se 50 anos, mas o Concílio Vaticano II permanece plenamente atual”, finalizou.
Concílio Vaticano II
Realizado em 1962, o Concílio Vaticano II foi convocado pelo Papa João XXIII e marcou a promulgação da Constituição Apostólica Humane Salutis. Essa Constituição Apostólica traz um breve resumo das situações políticas, sociais, culturais e, sobretudo, religiosas que motivaram a convocação do concílio.
Quatro grandes constituições compõem os pilares do Concílio Vaticano II: a constituição sobre a Sagrada Liturgia, sobre a Revelação Divina, sobre a Igreja e sobre a Igreja no Mundo de Hoje. A partir desses pilares, foram desdobrados nove decretos e três declarações.
O encontro, que está sendo realizado em Aparecida (SP) desde dia 18 de abril, termina na próxima quinta-feira, 26, e traz como tema central “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”. Nesta segunda-feira, 23, os bispos participam às 18h de uma cerimônia pelo jubileu de 50 anos do Concílio Vaticano II.
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Mesmo após 50 anos, o arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha, defende que o Concílio continua completamente atual. Um dos motivos é o fato dele abordar questões de fundo da vida da Igreja. “O Concílio, entre seus objetivos, pretendia, digamos assim, dinamizar a própria vida cristã. Passados 50 anos, nós vemos que muitos passos foram dados, porém muitos desafios permanecem”, explicou.
Dom Geraldo informou ainda que, no tema central que está sendo trabalhado pela Assembleia da CNBB, “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”, há uma forte referência ao documento sobre a Divina Revelação, que se chama Dei verbum.
“Esses documentos vão se manifestando nas várias posições que a Igreja vai tomando. Eu diria que o Vaticano II é como um pano de fundo e um grande referencial para toda a posição que a Igreja adota em nossos dias. Basta ler os textos da CNBB que em todos eles você começa a encontrar as citações do Concílio Vaticano II”, ressaltou.
Nova Evangelização
De acordo com o arcebispo de Salvador (BA), Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, o Papa João Paulo II já lembrava a necessidade de se incentivar os cristãos a irem nos lugares onde é mais difícil a fé penetrar e assim levar os valores do Evangelho.
“Não basta nós vivermos esses valores sozinhos. Temos que expressá-los e condenar aquilo que vá contra os valores do Evangelho, porque quando vai contra os valores do Evangelho, vai contra a pessoa humana”, destacou Dom Murilo.
Sobre a relação entre os documentos do Concílio Vaticano II e a proposta que se tem hoje de uma nova evangelização, Dom Geraldo explicou que um dos desafios a serem vencidos hoje é atualizar a Igreja às exigências dos tempos atuais. Isso se torna mais emergencial ainda tendo em vista as grandes transformações que a sociedade vem sofrendo.
Segundo o arcebispo, os documentos vão sendo assimilados aos poucos, conforme se exerce a prática no dia-a-dia da Igreja e da própria vida dos cristãos. Ele também destacou a importância dos fiéis retomarem esses documentos.
“Nós precisamos retomar os próprios textos do Vaticano II para ir beber dessa fonte inesgotável e nos apropriarmos dessa riqueza extraordinária que o Concílio representa. Passaram-se 50 anos, mas o Concílio Vaticano II permanece plenamente atual”, finalizou.
Concílio Vaticano II
Realizado em 1962, o Concílio Vaticano II foi convocado pelo Papa João XXIII e marcou a promulgação da Constituição Apostólica Humane Salutis. Essa Constituição Apostólica traz um breve resumo das situações políticas, sociais, culturais e, sobretudo, religiosas que motivaram a convocação do concílio.
Quatro grandes constituições compõem os pilares do Concílio Vaticano II: a constituição sobre a Sagrada Liturgia, sobre a Revelação Divina, sobre a Igreja e sobre a Igreja no Mundo de Hoje. A partir desses pilares, foram desdobrados nove decretos e três declarações.
Fonte: Canção Nova Notícias
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