Por: Jael Coaracy
Leia mais: http://extra.globo.com/tv-e-lazer/vai-dar-certo/exercer-cidadania-afinal-do-que-estamos-falando-411958.html#ixzz1tLYiL9yn
O que você entende quando alguém fala em exercer a cidadania? Para muitos, essa expressão tão utilizada, está ligada à participação em programas sociais, ao engajamento à causas que lutam por direitos que não estão sendo respeitados, a processos burocráticos, etc. De modo geral, a idéia é a de que o exercício da cidadania dá trabalho.
Acordar, tomar café, ir para o trabalho, cuidar das crianças, estudar, encontrar os amigos, namorar, comparecer a eventos sociais, cuidar do corpo, e outras tantas atividades que compõem o dia a dia parece mais que bastante nesses tempos corridos.
É mais fácil se queixar dos políticos, culpar a má qualidade dos serviços prestados à população e seguir encapsulado na própria individualidade. Aceita-se o inaceitável porque denunciar, exigir seus direitos demanda uma atitude. Com isso, vai-se deixando pra lá o que não faz sentido deixar passar.
Hoje, vi um motorista de ônibus arrancar o veículo antes da passageira acabar de descer o último degrau. Faltou muito pouco para um grave acidente. Quantas vezes você observou a cidade cheia de lixo, flanelinhas atacando carros, idosos em luta com calçadas esburacadas, etc? Preços abusivos, condutas desrespeitosas, práticas ilícitas. Todas essas coisas fazem parte de um grande pacote alimentado pela indiferença com que nós, cidadãos, terminamos por tolerar o intolerável.
Exercer a cidadania pode ser tomar uma atitude para denunciar, exigir, cobrar. Pode ser participar de uma associação de moradores, procurar órgãos de proteção ambiental, às crianças, aos idosos, aos animais. Qualquer forma de participação: individual, coletiva, organizada ou ocasional. O fundamental é não tomar o inaceitável como natural.
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